Escolas Literárias - Arcadismo

O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, foi um movimento literário que surgiu na Europa no século XVIII, e que teve forte influência no Brasil a partir de 1768, quando foi fundada a Arcádia Ultramarina, em Vila Rica (atual Ouro Preto, em Minas Gerais). O movimento se caracterizou por uma busca pelo equilíbrio e pela simplicidade, em oposição ao Barroco, que valorizava o exagero e a extravagância.

Dentre os autores que se destacaram nesse período, estão Cláudio Manuel da Costa, Santa Rita Durão e Tomás Antônio Gonzaga. Cláudio Manuel da Costa, por exemplo, é considerado um dos maiores poetas do Arcadismo brasileiro, e sua obra poética foi publicada postumamente sob o título de Obras Poéticas.

Em seus poemas, Cláudio Manuel da Costa valoriza a simplicidade e a harmonia, e procura retratar a natureza de forma bucólica e idealizada. Um de seus poemas mais conhecidos é "Vila Rica", que retrata a cidade de Ouro Preto, sua terra natal, como um paraíso terrestre. Outro poema famoso é "Musa Celebrante", em que o poeta se dirige à musa da poesia para pedir inspiração.

Santa Rita Durão, por sua vez, é conhecido como o autor do poema épico "Caramuru", que conta a história do navegador português Diogo Álvares, que naufragou na costa brasileira e foi acolhido pelos índios tupinambás. O poema é uma mistura de história, lenda e mitologia, e é considerado um marco na literatura brasileira.

Tomás Antônio Gonzaga, por sua vez, é conhecido por sua obra "Marília de Dirceu", um conjunto de poemas líricos que retratam o amor idealizado entre o poeta e sua amada. Os poemas são marcados pela simplicidade, pela harmonia e pela idealização do amor e da natureza.

Em resumo, o Arcadismo foi um movimento literário importante na história da literatura brasileira, e teve como principais representantes autores como Cláudio Manuel da Costa, Santa Rita Durão e Tomás Antônio Gonzaga. Esses autores valorizavam a simplicidade, a harmonia e a idealização da natureza e do amor, em contraposição ao Barroco, que valorizava o exagero e a extravagância. Suas obras são um importante legado da cultura brasileira, e continuam a ser estudadas e apreciadas até os dias de hoje.

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